é a fala que ela tem, carregada de balas. doce e munição que tiram meu ar quando estou em sua mira: alvo da ira ou doçura. ela se atira, atrai. atraiçoa.
é esse impasse que ela causa, passa e se instala na face. maquiagem, disfarce, overdose de realidade avon-inventada. miragem-menina que alucina. dá náuseas. amofina.
pode ser loucura minha, adrenalina pura. pode ser minha heroína essa droga de mulher maravilha que busco pelos becos e aspiro noutras bocas. porcaria que alivia, entorpece, excita. poesia que vicia. habita. habitua.
é essa tortura que ela é vagando entre o não sei bem e o bem sei o que é
que me inflige e flajela. dá fôlego se – finge que – vem. afoga, quando não.
a vejo: luz no fim do túnel
anjo demônio
abrigo castigo
que [per]sigo até
fim do mundo
fim de mim
dela [ infernolimboparaíso ]
princípio e fim
de tudo
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